Atividades para o Dia dos Povos Indígenas
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Atividades para o Dia dos Povos Indígenas

Atualizado: 10 de abr.

Muitos professores e professoras partem de datas emblemáticas, como o 19 de abril, para explorar temas de grande relevância social nas suas aulas de português.


Você já sabe o que vai trabalhar em abril???


Neste post, compartilhamos com vocês algumas sugestões de atividades para não apenas celebrar o Dia dos Povos Indígenas em sala de aula, mas também desconstruir estereótipos e refletir sobre a questão indígena no Brasil. São atividades diversas e de fácil aplicação, que partem de diferentes gêneros e níveis de complexidade - por isso, podem ser desenvolvidas tanto no Ensino Fundamental 2 quanto no Ensino Médio. Além disso, todas as atividades aqui propostas estão alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e permitem o desenvolvimento de muitas habilidades.


Vale lembrar ainda que discutir a cultura e a história dos povos indígenas em sala de aula é dever de toda escola e todo professor, principalmente dos professores de Língua Portuguesa, História e Artes, segundo a Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, que tornou obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio do país.


 

ATIVIDADE 1 - VERBETE - Dicionário de palavras indígenas


A língua portuguesa falada no Brasil é formada também pelas línguas dos diversos povos que compõem a nossa nação, dentre eles, as línguas faladas pelos povos indígenas. Por isso, é importante aproveitar o mês de abril para discutir a influência das línguas indígenas no português.


A sugestão é que os alunos elaborem um dicionário de palavras da língua portuguesa que tiveram sua origem em línguas indígenas. Na hora de desenvolver essa atividade, o(a) professor(a) pode pedir aos alunos para:


  • Escrever um texto que siga a estrutura do verbete de dicionário, com indicação de classe de palavras e separação de sílabas;

  • Explicar não apenas o significado da palavra, mas também a sua origem; e

  • Realizar a atividade individualmente ou em grupo.


Essa produção de verbete pode ser desenvolvida como uma produção de texto, a ser corrigida e avaliada pelo(a) docente, mas também pode ser uma atividade que não vale nota, cujo propósito principal é realmente virar um dicionário ou mural, etc


A produção de verbete é um dos conteúdos exigidos pela BNCC tanto no Ensino Fundamental 2 quanto no Ensino Médio, por isso esse tipo de atividade desenvolve as seguintes habilidades: EF69LP29, EF69LP30, EF69LP35, EF69LP36, EF67LP21, EF89LP25, EM13LP34. 


 

ATIVIDADE 2 - Leitura de crônica de autoria indígena.


O professor e escritor Daniel Munduruku já lançou muitos livros voltados para a divulgação de contos e mitos indígenas. Mas pouca gente sabe que, recentemente, ele publicou um livro de crônicas chamado "Crônicas indígenas para rir e refletir na escola". É um ótimo material para ser estudado nas aulas de Língua Portuguesa, sobretudo no Ensino Fundamental 2.


Eu elaborei uma lista de exercícios a partir da crônica "Vocês não tem vergonha?", presente na obra. Neste link, você consegue baixar um Google Docs com a crônica e 3 perguntas sobre o texto. Esta é uma atividade que pode ser aplicada para turmas de 6º ao 9º.


Essa lista de exercícios trabalha as seguintes habilidades da BNCC: EF69LP44, EF69LP47, EF67LP28, EF89LP33.


Este é um material que foi desenvolvido para os membros do Clube Littera. Por isso, no link acima, você encontra uma parte dos exercícios. A lista completa, com todas as questões, e o gabarito foram disponibilizados apenas para os membros do clube no mês de março.


Se você quiser fazer parte do nosso clube, inscreva-se agora neste link.

 

ATIVIDADE 3 - Redação Enem


A proposta está prontinha para você usar nas suas aulas de redação. É só clicar e baixar. Clique aqui, para acessar essa proposta de dissertação argumentativa - padrão Enem para discutir com os alunos o seguinte recorte temático:


"Desdobramentos da ignorância nacional sobre os povos indígenas"


 

ATIVIDADE 4 - Rap Indígena - Leitura e interpretação


Você já ouviu falar da Katú Mirim???


Katú Mirim é rapper e ativista da causa indígena. Ela é reconhecida por suas letras, que recontam a história da colonização pela ótica indígena. Através do rap, Katú Mirim fala sobre as suas vivências e sobre a sua identidade. 


Conheça um pedacinho da obra de Katú Mirim. Leia um trechinho de “Indígena Futurista”.


"(...) E nosso povo nunca morre, a raiz nos salvará

Olha aqui nunca foi sorte

A escuridão tive que iluminar

E me jogaram do penhasco pra voar

Me jogaram na fogueira

Mas virei água pra apagar

88 a constituição

Mas 1500 foi a invasão

Roubaram as terras com a bíblia na mão

Branca é a cor do ladrão (...)"


A obra de Katú Mirim é autobiográfica, remete a eventos da história nacional e a fatos mais contemporâneos. Então, a partir de uma música apenas, é possível levantar muitas reflexões. 


AUTOBIOGRAFIA - Proponha algumas reflexões sobre como um rap também traz traços autobiográficos:


  • Quais fatos narrados, na música, podemos atrelar à autobiografia da rapper?

  • Quais elementos sintáticos e semânticos contribuem para essa construção?


HISTÓRIA E ATUALIDADE - Formule algumas questões sobre os diversos eventos e marcos que são narrados:


  • Quais fatos históricos são narrados?

  • Quais questões atuais podemos identificar?

  • Há conexão entre o passado e o presente?


ESTRUTURA DO TEXTO - O rap tem uma construção super interessante e é possível explorá-la:


  • Qual é o padrão de rima?

  • A escolha de palavras é pertinente?

  • Quais recursos gramaticais são importantes na construção desse rap?


Habilidades da BNCC trabalhadas nessa atividade: EM13LP01, EM13LP06 e EM13LP07.


 

Gostou das reflexões? A partir do rap “Indígena Futurista”, nós elaboramos uma lista de exercícios completinha, com gabarito e alinhada à BNCC.


Esse conteúdo é exclusivo para membros do nosso Clube Littera.  A lista completa, com todas as questões, e o gabarito foram disponibilizados apenas para os membros do clube no mês de março.


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